Talvez você não tenha percebido
Estou já envelhecido
Mas você não me abandonou
Você sempre me amou
Em mim há alguns pelos brancos
Meu andar agora é manco
Minha respiração está ofegante
Meu coração está cansado
Meu corpo esgotado
Já não sou mais como antes
Preciso de muita atenção
Preciso do seu tempo
Por favor, não deixe a janela aberta.
Faz-me muito mal o vento
Cubra-me com aquela velha coberta
Que eu mordia pequenino
Fale-me, sua voz é como um suave sino.
Não fique aí preocupado, sério.
Afague-me, o calor de sua mão,
É meu melhor remédio
Sou um animal ancião
Em mim não verá mais vitalidade
Mas continuo te dando toda minha amizade
Lembra-se de quando você chorava
Eu gemia baixinho e a cabeça deitava
Aos seus pés, sua dor passava.
Sente-se aqui comigo
De longe sinto tua dor
Coloco minha cabeça em seu colo outra vez
Suas lágrimas cessarei.
E sua companhia me livrará
Do medo, da aflição.
Que é sentir-se na solidão
Não há nado errado em envelhecer
Talvez a gente queira frear o tempo
Retardar a despedida
Mas está tudo bem
Pra onde vou também é vida
Diferente, mas ainda é.
Não precisa balançar a cabeça,
Sua mão está tremula
Começo a não querer te deixar
Você precisa mais de mim
Deixem que eu fique
Minhas patas podem tocar o chão
E se eu me esforçar então?
Mas tudo volta a doer
Não posso mais me mexer
Estou olhando pra você agora, você sorri.
Mas seus olhos choram
Mas, amigo, precisa ser assim.
Emociono-me, suas lágrimas me molham,
Quentes em meu pouco pelo
Seu carinho, seu zelo.
Retribui-o com meu olhar
Fraco, o sono quer chegar.
Os anjos já vieram
Rodeiam-nos você pode vê-los?
Sente a paz, a luz?
Não está mais doendo
Mas você está chorando
Agora compreendo
Estão me libertando
Dizem-me que não é adeus
Eles te protegerão
Cuidarão agora de nosso coração
Saudade será a única dor que sentiremos,
Mas, amigo tenha certeza de que logo nos encontraremos...
Através das histórias, dos poemas e das palavras que aqui deixarei, tento mostrar meu carinho pelas doces criaturinhas que fazem ou já fizeram parte da minha vida. Dedicado á todos os pequenos grandes amigos...
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Ao animal idoso
Ontem fui pequenino
Hoje sou adulto, amanhã
serei velhinho, então, por favor
me respeite e cuide de mim com carinho
A dor da solidão só é menor do que a dor de te perder.
Assim como os bons filhos que não jogam os seus genitores na velhice em um asilo para livrar-se da responsabilidade de cuidar de quem cuidou deles, faz o mesmo com os animais velhinhos, não deixe quem dedicou seu amor á você abandonado, pois por melhor que seja o novo "cuidador" que você encontrar pra ele, este nunca, nunca substituirá você!
O amor não tem idade, é para sempre!
Hoje sou adulto, amanhã
serei velhinho, então, por favor
me respeite e cuide de mim com carinho
A dor da solidão só é menor do que a dor de te perder.
Assim como os bons filhos que não jogam os seus genitores na velhice em um asilo para livrar-se da responsabilidade de cuidar de quem cuidou deles, faz o mesmo com os animais velhinhos, não deixe quem dedicou seu amor á você abandonado, pois por melhor que seja o novo "cuidador" que você encontrar pra ele, este nunca, nunca substituirá você!
O amor não tem idade, é para sempre!
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