sábado, 6 de fevereiro de 2010

Maria e 3 pulinhos

A barata Maria vinha vindo de uma longa jornada,

trazia em sua perninha uma atadura de quem foi

quase morta.

Nas costinhas trazia a trouxinha, migalhas para não

passar fome. Pobre Maria, cansou-se tanto que

atirou-se na calçada de um parque.

Podia ainda ouvir: Barata morta, que nojo! Maria

não tinha mais forças para andar e permaneceu ali

esticada.

Dentro do parque em um lago, vivia 3 pulinhos, o

sapo do lago. Ele era verde e tinha verruguinhas

pretas nas costas.

Diferente de Maria, ele parecia levar uma boa vida.

Isso, até que alguém viesse gritando: Sapo feio

venenoso!

3 pulinhos, nessas ocasiões, dava uma coachada bem

alto e comia uma mosca. Os humanos logo sumiam

levando consigo seu mau-humor e seus

preconceitos.

3 pulinhos, tinha esse nome por pular três vezes

antes de parar. E de três em três pulinhos ele foi

parar na grade do parque.

Viu Maria sob o sol e sob as pisadelas dos humanos

insensiveis.

3 pulinhos foram o suficiente para chegar até ela.

-Dona barata, está viva?
-Por muito pouco ainda estou. Quem é você?

O sapo estava bem na sua frente e ela não via como

ele era. O "pulinho", pegou a barata e de três em

três voltou pra casa.

Dando casquinhas de pão dos pombos pra ela, logo

Maria se levantou e viu onde estava.

-Mas você é um sapo!
-Sim, e você, barata!
-Você vai me comer?
-É claro que não, por que comeria um bicho como você?
-Bom, se está falando a verdade. Mas e onde estamos afinal?
-Esse é o parque dos humanos.
-Não, não! Preciso me ir então! Esses monstros
gigantes me pisam e batem como se eu não fosse
nada!
-Para ele é o que somos.
-São é mal agradecidos!
-Concordo barata!
-Você tem nome?
-É Maria.
-3 pulinhos!
-Eu te agradeço por ter salvado minha vida, mas não
sei se devo ficar aqui...
-Por que, não quer?
-Não sei não. Aqui, as pessoas me machucariam tanto...
-Sabe eu adoro pregar peças nelas! Pode fazer o
mesmo. Se quiser.
-Bom, eu acho que posso voar e vou tirar bons

gritos deles!

Os dois riram, esse foi um diálogo de bichos que

geralmente, achamos insignificantes.

Foi a única maneira que encontraram de se defender das maldades humanas.


Moral da fábula: Nenhum de nós deveria julgar os bichinhos por aparência, cada um tem seu lugar no mundo!
Como nós também temos...

Fim

Um comentário:

  1. Oi maninha, queria te oferecer um selinho muiot especial, passa no meu blog para pega-lo.
    Beijos

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